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10/03/2018

Sobre as Mentiras que Contamos para o Coração

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Imagem: Pinterest

Eu nem lembro daquele abraço apertado que você me dava todos os dias. Eu nem lembro a forma como seus olhos brilhavam quando ficava empolgado com algo (eram tão lindos). Eu nem lembro de como meu coração acelerava só por você estar perto. Eu, sinceramente, nem lembro mais de você. ⠀

Eu nem lembro de como seus braços faziam um porto ao meu redor e me deixavam segura. Eu nem lembro da forma que as horas voavam quando estávamos juntos. Eu nem lembro mais do cheiro convidativo que você tinha (eu me perdia nele). Eu, sinceramente, nem lembro mais de você. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀

Eu nem lembro dos ciúmes bobos que eu sentia. Eu nem lembro mais que era contigo que eu formulava meus planos. Eu nem lembro mais que eu queria meu futuro junto ao seu. Eu nem lembro o sonho que tive ontem à noite com você (por pensar tanto). Eu nem lembro mais o quanto te admirava por tocar e cantar. Eu nem lembro mais do quanto eu tinha vontade de te guardar num potinho pra levar junto comigo. Eu, sinceramente, nem lembro mais de você.

Eu lembro de cada noite que fui dormir chorando por a saudade corroer meu peito. Eu lembro de como queria que tudo desse certo. Eu lembro da vontade de te ligar e correr para os teus braços. Eu lembro que escrevo que 'nem lembro' só pra ver se dá certo. Eu lembro que menti nesse texto dizendo que não lembrava. Eu lembro que esse amor ainda tá aqui dentro. Eu, sinceramente, ainda não esqueci você.

De Quebra, Quebrou a Cara

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Ela deixava a barreira de proteção bem intacta, já tinha passado por tanta coisa que a autoproteção só pedia para ser aumentada. Que criticassem, que a colocassem como estranha em suas argumentações, ligar para as opiniões alheias nunca foi da sua natureza mesmo. Mantinha-se quieta, distante do que julgava que poderia lhe causar qualquer tipo de problema, e, por mais que o coração desse sinais de que queria seguir em frente e lidar com isso, ela se retraiu mais uma vez. Mas, ah... você sorriu.

Até pode dizer que por vezes tentou de tudo. Vai lá virar a cabeça pra respirar fundo uma segunda, terceira, quarta vez. Apagar aquela fatídica mensagem pra não ficar relendo durante o dia inteiro quando, na verdade, tinha milhares de coisas esperando para serem feitas. Algo que fica ali, martelando constantemente lhe causando dor por não ter, mas te fazendo sentir mais dor ainda por imaginar a dor que seria ter e perder depois. Era insano, insanidade maior seria não arriscar.

Jogar pra baixo do tapete ela sabia que já não mais dava certo. Sabe aquela borracha ruim? Aquela que só piora a situação? Pois bem, parecem aquelas borrachas ruins que quanto mais você tenta apagar, mais vai deixando tudo manchado. Quanto mais você tenta limpar, mais sujo fica. Ela queria passar uma borracha na cabeça e outra no coração. Que horrível, uma tentativa ínfima de salvar algo que nem tinha mais conserto.

Sem ter para onde correr, ele se tornou mais especial do que um dia o próprio poderia imaginar. E ah, meu Deus! Nem ela. Porque a realidade é essa, às vezes, quanto mais você tenta puxar pra longe, tenta fugir de algo que bate constantemente à sua porta, o inesperado acontece. Olha que é, você acaba esticando tanto pra longe que lança de volta pra perto.

E ela, tão difícil de conseguir confiar nas pessoas foi lá e quebrou a barreira confiando em você. E com você, de quebra, quebrou a cara.

Nesse Jogo não Ganha o Melhor Jogador

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Não há mais nada a perder. É chegada a hora de colocar as cartas na mesa e terminar logo esse jogo. Chega de frustração e palavras ao vento. Não mais pistas opacas com interpretações errôneas. O sinal já está fraco pra ver quem se permite primeiro e fala de uma vez a decisão. A minha está tomada, a sua não?

Algumas coisas a gente acaba ignorando com o passar do tempo. Na primeira vez machuca tanto que você sufoca e tem a impressão de que não vai resistir. Chora, fica pra baixo, e as coisas parecem perder um pouco a razão. Estranho ver tudo sem cor, não é? Na segunda, a dor é forte, mas você lembra que já passou por isso antes e aguentou. Esse absurdo acalenta. Isso acolhe. É aquele suspiro pesado que acaba confortando. Na terceira, vamos confessar, continua machucando. É aquela pedrinha que está lá no sapato que dói, mas que você consegue continuar andando com ela. Você acabou se acostumando com aquele incômodo. É preguiça de tirar? Seja na terceira, quarta, quinta ou sexta vez. Não importa a colocação, vai continuar machucando.

Talvez mude a intensidade, porém, meu amigo, a dorzinha vai continuar lá. Não se acostume com o que é ruim. Para de se conformar, para de empurrar com a barriga, para de achar que do nada uma mágica vai fazer tudo dar certo. Esperneia, fala alto, coloca tuas vontades pra fora e se faça ser notado. Não deu certo? Liberte-se. Dói pra tirar, contudo, tenha certeza, a dor é bem maior se deixar.

Resolvi que cansei. Chega uma hora que não adianta mais tentar segurar quando tudo já está caindo. Não adianta continuar o esforço quando não se tem em vista a probabilidade de um bom resultado. Não adianta alavancar as forças para um trabalho árduo onde o resultado não se pode conseguir sozinho. Não adianta cobrir os problemas quando eles estão gritando para serem expostos e resolvidos. Queria cair. Soltei. Abandono as cartas, levanto da mesa e desisto de jogar. Nesse jogo, não ganha o melhor jogador.

Resenha: O Ano em que Disse Sim



Título: O ano em que disse sim
Autor(a): Shonda Rhimes
Editora: Best Seller
Número de páginas: 256
Sinopse: Um livro motivador da aclamada e premiada criadora e produtora executiva dos sucessos televisivos Grey’s Anatomy, Private Practice e Scandal, e produtora executiva de How to Get Away with Murder. Você nunca diz sim para nada. Foram essas seis palavras, ditas pela irmã de Shonda durante uma ceia de Ação de Graças, que levaram a autora a repensar a maneira como estava levando sua vida. Apesar da timidez e introversão, Shonda decidiu encarar o desafio de passar um ano dizendo “sim” para as oportunidades que surgiam. Os “sins” iam desde cuidar melhor de sua saúde até aceitar convites para participar de talk shows e discursos em público. Além disso, Shonda deu um difícil passo: dizer sim ao amor próprio e ao seu empoderamento. Em O Ano em que disse sim, Shonda Rhimes relata, com muito bom humor, os detalhes sobre sua vida pessoal, profissional e como mergulhar de cabeça no “Ano do Sim” transformou ambas e oferece ao leitor a motivação necessária para fazer o mesmo em sua vida.

Resenha: Uma Mulher Livre



Título: Uma mulher livre
Autor(a): Danielle Steel
Editora: Record
Número de páginas: 294
Sinopse: Dos deslumbrantes salões de baile de Manhattan para os horrores da Primeira Guerra Mundial, Danielle Steel nos leva para um mundo fascinante de uma jovem de espírito indomável. Nascida numa vida de luxo e glamour, Annabelle Worthington carrega o sobrenome, e a nobreza, de uma das famílias mais influentes de Nova York. Até que, num dia cinzento de abril, o Titanic afunda, levando junto o seu mundo. Seus pais e seu irmão mais velho estavam na viagem inaugural do majestoso navio, e apenas sua mãe sobreviveu. Para tentar confortar seu coração, Annabelle se voluntaria para trabalhar em um hospital, ajudando a cuidar dos enfermos, onde descobre sua verdadeira vocação. E, quando um homem nobre a pede em casamento, ela acredita que, enfim, voltará a ter dias felizes. Porém, novamente, o destino lhe prega uma peça, colocando-a no centro de um escândalo. Para fugir da tristeza que sua vida se tornou, ela vai para a Europa trabalhar no front da Primeira Guerra Mundial, ajudando a salvar os feridos. Na França, no auge do conflito, Annabelle consegue realizar um grande sonho: estudar medicina. O problema é que, mais uma vez, sua fé é colocada à prova, e ela precisará tentar retirar forças de uma grande tragédia se quiser renascer para uma nova vida. Com uma narrativa de tirar o fôlego e repleta de detalhes históricos, Danielle Steel nos apresenta uma de suas personagens mais fascinantes e singulares, e sua história inspiradora de dignidade, coragem e amor pela vida.

Hey, como estão? Sentindo as férias chegando ao fim? Já estou. Trago agora a resenha de um livro que me frustrou demais - uma história desenvolvida de uma forma completamente diferente daquela que eu imaginei. E vou dizer, não foi nada fácil. 

Annabelle é uma jovem que tinha uma vida onde nada tinha a reclamar. Possuía uma família carinhosa e unida, uma ótima condição financeira e problemas eram coisas raras de aparecer. E quando apareciam, logo se viam sendo resolvidos. Tudo lindo e no seu devido lugar.

A narrativa demorou para chamar a minha atenção. O começo da história apresenta uma narrativa cansativa, com excesso de detalhes desnecessários e aquilo tornava a leitura um tanto monótona. Muito detalhe mesmo. Ia virando as páginas procurando mais fervor e acabava dando de cara com o nada - pelo fato de me deparar com a mesmice. Esclarecendo, sou louca por um detalhe extra na história, porém, isso para tornar a narrativa mais bem construída e não colocar um detalhe só por colocar.

Nascida em uma das famílias mais influentes, viu sua vida ruir quando um acidente tira a vida de seu pai e seu irmão. Sabe quando um livro traz um enredo com problemas em cima de problemas? É esse. Tudo de ruim começou a acontecer na vida da personagem e nada nunca parecia dar certo. Frustrante

''Sei que sou bem mais velho que você. Poderia ser seu pai. Mas não quero ser. Quero ser seu marido, e prometo cuidar bem de você pra sempre.''

''Uma mulher livre'' embora tenha sido uma leitura que não me agradou, trouxe consigo assuntos importantes a serem debatidos - como a sociedade extremamente machista, violência, preconceito e tudo mais.

Em todo caso, quero falar um ponto positivo que realmente vale a pena ser abordado. Annabelle é uma personagem decidida e independente de si. Mesmo com o costume das mulheres da época, ela se mostra a frente do tempo. Podemos ver claramente o quanto ela busca se adaptar às mudanças e dificuldades que lhe são impostas. Parece até que a vida está sempre lhe testando, e, quando você pensa que conseguiram derrubá-la, eis que ela se ergue de novo e mostra a mulher corajosa e dona de si que se tornou.

O leitor tem que estar ciente de que essa é uma leitura tensa, cheia de dramas e complicações. Momentos de calmaria são poucos por aqui. A autora tinha a intenção de fazer a Annabelle sofrer e fez. Junto com a Belle, também sofre o leitor.

''A decisão é sua. O que quero dizer desde o último verão é que estou apaixonado por você. Não quero estragar nossa amizade ou assustá-la. Mas em algum momento me apaixonei por você, Annabelle. Acho que nos damos muito bem juntos, e não posso ficar solteiro para sempre. Nunca conheci uma mulher que tenha me feito querer casar. Mas não posso pensar em base melhor para o casamento do que a amizade, e é justamente o que temos. Então eu gostaria de pedir que me dê a honra de se casar comigo.''

Conheciam a obra?